domingo, 9 de agosto de 2009

Colours Of Sound

- Início da transmissão -

Era uma noite comum, sem grandes pretensões e expectativas.
Era só mais uma noite. O espaço continuava o mesmo.
Cansado liguei o radio de minha navezinha.
Das caixas de som eu ouvia um violino.
O som era lindo. Fiquei hipnotizado pelo som.
Eu percebia a sinceridade nas notas, uma mais bela que outra.
Eu ficava encantado a cada minuto. Eu sentia novamente uma paz.
Fiquei a noite toda ouvindo aquele violino encantador.
Depois de um tempo ele ficou em silencio.
Imaginei que aquele som era um presente válido apenas por uma noite.
Continuei minha viagem, conformado.
Na minha viagem violino ganha um novo valor.
Violino transmite cor.

- Fim da transmissão -




segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um único ser

- início da transmissão -


Conheci tantos lugares, por muitas coisas eu passei.

Vi em minha navezinha colorida meu único porto seguro. Mas quem disse que viver é ter segurança? Alguém lá em cima deveria ter me avisado antes.

Vários foram os seres intergalácticos que me envolvi, me sinto honrado por tantas amizades e alguns amores, mas no fim sempre restava eu e minha navezinha.

Cheguei por um momento crê que somos somente nós dois no universo, no entanto sempre há noites como essas em que minha nave se mostra fria. Eu fico sentado no escuro da cabine esperando o próximo pouso. E minha nave 

fica silenciosa, apenas cortando o escuro do espaço.

Justamente nesse momento percebo que sou somente eu no universo. Por mais que me cerque de pessoas, animais, objetos no fim resta eu. Todos somos assim, e são nesses momentos que encontramos nossa força e descobrimos termos o nosso único porto seguro, nosso coração.


- Fim da transmissão -


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Jour du Mensonge

- Início da transmissão -


O mais legal do dia da mentira é que no fim das contas tudo se resolve com a frase "aaaaaah te peguei, hoje é dia da mentira." Logo toda aquela tensão passa e o medo da lugar a risos.

Achei que no espaço havia esse dia.

Era mais um dia maravilhoso naquele mundo azul, uma noite iguais as outras eu brincava com o pequeno castor que ali morava,  o melhor é que me sinto naquelas histórias da Disney, em que o animais falam. 

Depois de muita diversão e risos o castorzinho me chamou para conversar, aos poucos a conversa foi ficando tensa, algo apertou meu coração. 

Ambos decidimos que o melhor era eu ir conhecer outros planetas, muito triste, peguei minha mochila intergalática. No caminho da minha nave eu apenas desejava ouvir a frase "aaaah te peguei, hoje é dia da mentira." Mas essa frase não chegou até hoje.

Confesso não conseguir me afastar desse mundo azul, hoje em dia sou quase como um satélite do mundo azul, por vezes rondo aquele mundo maravilhoso preocupado com o seu único habitante, um pequeno castor, impulsivo, cabeça dura, mas com o maior coração, com o melhor pelo e um grande amigo que levarei pra sempre em meu coração.


- Fim da transmissão -

terça-feira, 25 de novembro de 2008

?¿?¿?¿?¿?¿?¿?¿

-Início da transmissão-


Quando menor um príncipe africano tentou me ensinar sobre a coerência.

Por ser jovem pouco dei importância aquilo, via como uma bobagem da realeza.

Continue a vida, agia de todas as formas como me convinha, era bom viu, nem vou mentir. Um belo dia o Azul era a melhor coisa do mundo, no dia seguinte era o verde. Quando falamos de cores tudo parece brincadeira, sem importância, afinal quanto mais cor, mais alegre a vida é.

Ao falar de seres humanos tudo muda. Como ter um ser humano incoerente ao seu lado doi. Uma hora o ama outra hora o rejeita, como podemos defender nosso melhor amigo, se ele não sabe o que quer?

Foi então que vi que coerência era sim uma coisa da nobreza. Me pergunto se todos fossemos incoerentes em que pé o mundo estaria hoje. Será que não pensamos antes de falar ou agir? Ou simplesmente a palavra perdeu o valor? Pela primeira vez na nessa minha humilde viagem pelo espaço me deparei com uma dúvida infinita. Apenas o que sei é que não quero pessoas assim ao meu lado. 


-Fim da transmissão-


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Antes da Enchente

-Início da trasmissão-

Minha vida tem menos brilho. 
Meu eu é mais vazio.
Meu coração te grita.
Minha mente se ilude.
Ao meu lado falta um ser polar, que espero encontrar ao anoitecer.
Procuro ouvir sua voz ou ver seu rosto, mas o que me resta é sonhar e esperar, que a próxima aurora bureal traga em si o brilho da minha vida, para que eu possa durmir novamente com minha ursa polar.


-Fim da transmissão-

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Hello Stranger

-Início-


Todos os dias eu pego a mesma lotação, vejo as mesmas faces, olho as mesmas ruas, aprecio o mesmo caminho. Nunca troquei uma palavra com ninguém, todos mantinham uma rotina ali, faziam as mesmas coisas. Resolvi dar nomes àquelas pessoas, pois de alguma forma eles não eram mais estranhas logo todos deixavam de ser apenas um rosto qualquer para virar um sujeito. A velinha que senta ao meu lado com o guri peste, o homem música é o senhor do mp3 player, o motorista e por fim a guria de cabelos vermelhos. Sempre a achei linda e algo nela me intrigava, sempre bem vestida, o olhar sempre a procura de algo. Uma vez acreditei ter ganho um sorriso, mas ela sorriu de um pensamento que teve.
Era uma segunda como todas as outras, acordei com sono, meio lerdo, me dirigi ao ponto de ônibus e esperei minha lotação. Ao entrar vi as mesmas faces, olhei para as mesmas ruas e apreciei o mesmo caminho. Como de costume eu e a guria de cabelos vermelhos descemos na mesma parada. Meu dia foi a mesma coisa de sempre, porém quando eu retornava para a parada de ônibus algo aconteceu, ao atravessar a rua não observei direito e fui atingido por um carro, fiquei caído no chão mesmo ao longe eu via vários rostos, dentre a multidão um conhecido, a guria de cabelos vermelhos. Ao me ver ela colocou a mão na boca, de espanto, e gritou “é o guri de óculos Armani”. Foi então que eu descobri meu nome na lotação, para ela. Acordei um tempo depois no hospital tinha umas flores com um bilhete “melhoras guri de óculos Armani.” Sempre achei que ao voltar a minha rotina eu poderia conversar com a guria ruiva, porém ao voltar para a lotação eu já mais a encontre de novo, nunca soube o que aconteceu, mas sei de alguma forma que ela está bem. Sinto falta de vê-la e me culpo por nunca ter me permitido dar um oi.


-Fim-


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Nirvana

-Início da trasmissão-

Lá fora a escuridão da noite é interrompida por breves clarões dos trovões, a chuva cai forte deixando toda a cidade molhada na calada da noite. Já aqui dentro faz um calor tremendo, nem parece que me encontro na cidade tempestuosa.
Os rostos se alisam, os lábios se encontram, a sua língua macia massageai a minha, o beijo é perfeito, aos poucos as bocas vão se separando e os olhos se encontrando, que olhos lindos você tem.
Fico admirando aquele momento, a língua começa a percorrer meu corpo, me contorço todo, desejo mais e mais aquele momento.
Os corpos estão suados o tempo parece não passar, lá fora faz mais frio e aqui dentro ferve, os corpos se atritam, há um ritmo frenético, o suor pinga de meu rosto, o calor aumenta, a razão me foge a cabeça, um prazer toma conta do meu ser, segundos depois relaxo, me acalmo, ainda sem força deixo me cair sobre o outro corpo, ficamos ali corpo sobre corpo, o calor do quarto dá lugar ao frio da noite, acabamos por adormecer juntos.




-Fim da trasmissão-